eu ando à beira
à beira da insanidade
meu tempo escorrendo
eu não consigo segurar o tempo
eu não vejo o tempo
sinto apenas a ausência de tempo
essa fúria de tempo
me arrancando os cabelos
meus olhos andam à beira
de um susto
à beira de um desmaio
num salto,
num segundo parado eterno
e se não cai e não levanta
e não acorda e não dorme
e não aceita e não nega
é à beira do caminho
que se segue e se para
e se esquece
na brisa de cada dia
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